terça-feira, 22 de abril de 2014

zás-trás!

um homem pode até(deixar-se) desaparecer. mas se o que fez foi mesmo bom o fará ser sempre encontrado - inclusive consigo próprio. não deu outra



"a história de rodriguez músico folk mexicano americano, sexto filho de imigrantes mexicanos (daí o sixto), trabalhador da construção civil, nascido em detroit - michigan grande admirador de leonard cohen, dylan e henry mancini, edita dois álbuns, "cold fact", em 1970, e "coming from reality", no ano seguinte. os discos recebem boas críticas mas passam despercebidos junto ao público. pouco depois, o músico desaparece. 

entretanto, cópias dos discos chegam à austrália e à áfrica do sul. neste último país, o passa-palavra transforma-o num fenômeno que atravessa gerações. no país do apartheid, ferozmente conservador, rodriguez torna-se uma voz de rebeldia e de esperança. enquanto os seus discos chegam a 500 mil lares sul-africanos, principalmente os da juventude branca liberal, rodriguez trabalha na construção civil para sustentar as três filhas, concorre a vários cargos públicos em detroit por obrigação cívica e tira um curso de filosofia por curiosidade intelectual.


malik benjelloul, realizador televisivo sueco, 35 anos, partiu do seu país em 2006. vagabundeou pela américa do sul e por áfrica, procurando "histórias que valessem a pena ser contadas". na cidade do cabo, entrou na loja de discos de stephen "sugar" segerman e ouviu aquele que, juntamente com o jornalista craig bartholomew-strydom, desvendara o mito. sem financiamento, começou por filmar aquela história com um iPhone.

o resultado foi um documentário que, para além de ter ganho vários prémios (entre eles um óscar e um BAFTA), fez renascer a carreira de um dos mais importantes ícones da história da música". 
Estos críticos están un poco despistados. 

"Esta es la historia de un hombre inconsciente de su éxito y robado sin escrúpulos, que vive modestamente en Detroit aprovechando, sin lamentarse. 

Es especial. En Sudáfrica, sus letras fueron una luz para muchos blancos que no querían el apartheid. Hombres como este contribuyen para evitar la guerra
Gran espíritu, voz profunda, palabra de poeta, rostro indígena, dulzura, principios de titán,... 
Este Rodríguez es una fortaleza humana"(pedro, um espectador do filme)

e da maria:


Eu gostei muito do documentário e recomendo a verem. Mas este não fala sobre o sucesso que o senhor Rodriguez teve na Austrália, Nova Zelândia e alguns países africanos. Chegou a fazer uma digressão com os Man it oil, grupo conceituado na Austrália nos anos 1980 e deu alguns concertos na Austrália e recentemente a partir de 2004 (se não me engano) começou a ser um pouco conhecido na Europa sobretudo Suécia e Reino Unido (onde deu pequenos concertos), devido a versões de artistas como o DJ inglês David Holmes ou o escocês Paolo Nuttini com a canção Sugarman. Houve um rapper dos Estados Unidos que utilizou o tema Sugarman para uma canção sua, mais ou menos na mesma altura que David Holmes. Ele não era completamente desconhecido, apenas se desconhecia que ele era o um dos grandes ídolos e parte do fim do apartheid na África do Sul. Eu conhecia a versão de Sugarman de David Holmes desde 2002, só não sabia quem era o cantor. Fiquei maravilhada e fascinada por este senhor. Belo ser humano. Muito modesto, culto, divertido, calmo, grande poeta e filósofo, bom pai, muito honesto e verdadeiro. Que bom que agora todo o mundo sabe quem ele é e agora deve-se rescrever a história da música e incluir o senhor Rodriguez como um dos melhores cantautores deste planeta.


* textos retirados do público, portugal. com uma inserção sobre o nascimento do local de nascimento do sixto.

uma colher de chá pro smooth

ah! as backing vocals - que seria das cantoras sem estas sereias no canto ?

smooth, backing vocals e o caralho a quatro!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

eu sempre tive uma queda por uma "maria fumaça"

isto, estúpido, por baixo é jazz - na verdade é uma suite, parte de outras sinfonias mas que no nordeste a gente chama de forró que é pra não humilhar a molecada citadina

um abuso de talento(como isso deve incomodar os medíocres metidos)

insuperável, mesmo que a menina a seguir impressione

é de lamentar que dominguinhos não tenha chorado com a sanfona

galopando até hoje

é como se fosse a guitarra portuguesa depois de um banho de sol

porquê música instrumental chata é só a que não presta

sexta-feira, 4 de abril de 2014

o "morto-vivo" - sugarman azedando os contentes

pouco para a cantora que é. mas muito diante das que restam

a canção dos "ronqueiros"

estes caras dos anos 70 nasceram para mijar na geleia dos indies

sem cuspe jogado fora

jovem demais para ser compreendida

imbativel !

como nos bailinhos, cheio de imperfeições - por isso que é bom pra caralho!)

maxine é o máximo